sábado, 18 de outubro de 2014

"VÍRUS BULLYNG"


Preconceitos: racial ( branco x preto), por gênero (homem x mulher), social (rico x pobre), homofobia (orientação sexual), deficientes, estética corporal (gordo x magro, grande x pequeno), idade ( jovem x velho), aparência ( bonito x feio), religião, aqui esta a origem do bullying, das discussões, das brigas, das guerras, da extinção humana.



A origem de todas estas diferenças, está, de fato, na forma como somos levados a pensar desde pequenos, com o ensinamento de dogmas, por nossos pais, professores, sociedade,´etc.
Na teoria da origem do ser humano, seja ela explicada pela Ciência ou Religião, sempre temos o surgimento do "humano", sem adjetivos (homem ou mulher, preto ou branco, rico ou pobre, heterossexual ou homossexual, etc), portanto por que norteamos nossa existência na segregação, ou seja, diferenciar, o que teve a mesma origem, que vai ter o mesmo fim, e tem a mesma missão básica na sua existência (estar vivo e ser feliz)?
Muito simples, somente para organização do que é conhecido. Até o século XVIII, seres existentes no universo, eram divididos em três grupos: animal, vegetal e mineral. Porém com o avanço do conhecimento e necessidade de organização, passamos a diferenciar cada vez mais, tudo que existe, e no caso do ser humano, reforçou-se o uso da adjetivação. Eis que surge um terrível vírus chamado Preconceito, que não tem vacina e nem cura, provoca a morte da evolução do ser humano, levando-o a extinção, enquanto ser vivo na terra, como tantos outros, por exemplo, os Dinossauros.


Mas, existe um tratamento preventivo para o  "Vírus Preconceito", Devemos passar, imediatamente, a ver os outros seres humanos, como o somos, iguais uns aos outros, sem nenhum adjetivo.E, para fazermos isto, basta lembrarmos que somos todos humanos, e que algumas diferenças que se apresentam, homem x mulher, branco x preto,  etc, nada mais são que características individuais para proporcionar a todos nós a possibilidade de evolução, como seres, e só. É a partir destas diferenças individuais, que aprendemos o que de fato nos faz humanos, ou não.
Temos que ver estas diferenças, como evolução de nossa especie, e não mais como justificativa para nossos medos. Todos os seres humanos, tenha a característica individual que for, tem a mesma BASE HUMANA, um ser maravilhoso, complexo, capaz de realizar e aprender muitas coisas, e com capacidade de ter os mais nobres sentimentos, como amor e respeito,
Precisamos retomar o legado da evolução de nossa espécie, caso contrário seremos extintos. E, isto ocorrerá através da nossa mudança de olhar  nossas diferenças individuais, como possibilidades e não como ameaças.
Dessa forma, começamos, simplesmente, lembrando algumas definições e seu real significado:

  • Raça - conceito que caracteriza diferentes populações de uma mesma espécie;
  • Gênero - agrupamento de organismos vivos formando uma espécie com características morfológicas e funcionais iguais.
  • Diferença Social - caracterização mutável, das condições matérias, que cada um possui.
  • Homofobia - medo de admitir que o bem estar físico e mental causado pelo orgasmo ou prazer, pode ser alcançado, tanto por indivíduos de gênero igual ou diferente, e que de fato, a única diferença é a possibilidade de procriação.
  • Deficiente - termo usado na definição da ausência ou disfunção de estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica de um individuo.
  • Estética corporal - padrões de beleza estabelecidos por nós;
  • Idade - processo natural de diminuição orgânica e funcional, que ocorre, inevitavelmente, com o passar do tempo,
  • Aparência - padrões pré estabelecidos, podem ser bastante variáveis;
  • Religião - conjunto de princípios, crenças e praticas, que acreditamos levar-nos a superar o sofrimento e possibilitando-nos a alcançar a felicidade.
Passando a divulgarmos o que de fato significa cada um destes dogmas, podemos prevenir e tornar extinto o Vírus Preconceito, recentemente renomeado de Vírus Bullying.


Então vamos lá, a preservação da Espécie Humana, só depende de nós,,,Ops!!! Mas nós somos humanos, e corremos risco de extinção, preciso correr para mudar estes pequenos equívocos que se transformaram em um vírus tão poderoso!




terça-feira, 30 de setembro de 2014

Capitalismo, vilão de nossa evolução



Ouvi um economista dizendo a seguinte frase: "O Capitalismo esta deixando de ser elitista.,,".
Era à noite, e nesse dia não dormi, pensando... então surgiu a seguinte cena em meus pensamentos:



Isso mesmo, o capitalismo é um redemoinho que nos deixa hipnotizados. Portanto o capitalismo, nunca deixará de ser elitista, afinal quem tem um pouco, sempre vai querer mais, e quem tem mais, vai conseguir ter mais com mais facilidade. 
O uso exagerado do "mais" foi proposital, porque se pararmos para observar é raríssimo conhecer pessoas que não vivam por este "mais". Tentamos negar, mas vivemos rodeados por estímulos, e estímulos e estímulos ao "mais".
Como podemos pensar que o capitalismo vai um dia deixar de ser elitista, se o ponto máximo dele é ser da Elite.
Quando a humanidade surgiu na Terra, conseguíamos as coisas a partir de trocas, porém o caminho da humanidade foi exigindo que tivéssemos. não só o que nos é essencial, mas também o que nos dê prazer, de ter ou de mostrar aos outros...então a troca de trabalho ou objetos ou alimentos, ficou pouco para nossas necessidades, surgi a moeda...que foi usada até como pagamento da traição do Cristo.
A moeda corrompe? 
Não o ser humano é que substituiu os valores pelo preço...
E isto é a base do capitalismo...consumir ou pilhar...e assim ele nunca vai deixar de ser elitista, porque raros são os que estão na base da piramide e chegaram ao seu pico.
O assistencialismo não acaba com o elitismo do capitalismo. Talvez se houvesse mais respeito e valorização individual, acabaria com o elitismo, tipo "admirável mundo novo", não sei, teria que haver  uma grande evolução da humanidade.
De repente me deparo com varias pessoas que são exemplos de ter saído da base e chegado ao pico da piramide elitista, e então, observo a forma como fizeram isto e comparo a proporção. Não dá para dizer que esta um ocorrendo uma mudança no capitalismo, porque a proporção é pequena diante da maioria e a forma, na maioria das vezes é duvidosa.
Faça uma comparação de salários e benefícios, que entenderemos bem o elitismo do capitalismo. 
O capitalismo promove o elitismo porque valoriza o poder econômico e não o individuo, e isso não se resolve com assistencialismo, mas sim com uma mudança significativa dos valores humanos. É voltarmos ao caminho da evolução, que perdemos, lembrarmos que somos uma única espécie, que cada um de nós temos nossas habilidades e importância no conjunto de todos, de forma igualitária e portanto temos direito  á todos os benefícios.
Utopia, talvez, mas se pensarmos na forma básica de nossas necessidades, passa a ser possível.
Nos perdemos no caminho, precisamos retomar nossa evolução como espécie, e lembrar, que apesar de vivermos num mundo material, a única coisa que certo no fim dessa existência na matéria, é o etério acrescido de sua evolução a partir da felicidade, da solidariedade e da "humanidade", esta sim é a grande função da matéria. Usá-la como meio para atingir o objetivo principal, a evolução da espécie, através do aprendizado pelo caminho do bem comum, e não o pilar, moedas ou bens, que não serão levados para nosso próximo estágio de existência.



quarta-feira, 17 de setembro de 2014

ONDE ESTA A "HUMANIDADE"

Onde esta a HUMANIDADE
Estranha esta pergunta? Não, porque falo do real sentido de ser humano. O que vemos hoje em dia, são as pessoas se debatendo em conflitos e disputas, muito bem "embasadas" em suas crenças e necessidades individuais.
E, o que aconteceu com a solidariedade? O viver em comunidade? A evolução cármica da humanidade em sua individualidade e coletividade?
E, são estas verdades que nos aproximaria novamente do "divino", de nosso Criador. Não estou falando de religião, mas sim de Evolução.

A Criação de Adão é possivelmente o mais famoso dos afrescos da Capela. Como um toque de dedo, Deus dá vida a Adão feito à Sua semelhança. Foi pintada por volta do ano 1511.

Nesta pintura de Michelangelo feita aproximadamente em 1511, onde Deus com um toque dá vida a Adão. Observamos, que o Criador, rodeado por outros Seres Angelicas, cria o Homem (humanidade), á sua semelhança, e "lhe coloca", em um mundo, com a liberdade de escolher entre o bem e o mal, mas com toda capacidade de aprendizado, discernimento, inteligencia e liberdade, acreditando que sua criação, iria seguir pelo caminho da evolução individual e coletiva, se aproximando cada vez mais do Criador ao qual foi criado em semelhança.
Em uma escala mais próxima de nós, percebemos esta situação acontecendo com outros criadores e suas invenções, por exemplo Santos Dumont quando inventou o avião em 1906, não imaginou que alguns anos depois em 1932, sua pacifica invenção seria usada para lançar bombas, o que o levou ao suicídio.
Pois bem, este exemplo bem "real", sem cunho religioso, demonstra claramente a nossa capacidade de escolher entre o bem e o mal. Neste caso, resolvemos que uma invenção, que fora criada para facilitar o " ir e vir", passa a ser utilizada também como meio de destruição de nossos semelhantes.
Isto é o que conhecemos como "livre arbítrio", ou seja liberdade de escolha. Mas, nosso Criador, espera que, com nossa inteligência e capacidade de discernimento, nós seres humanos, aprendamos de fato a essência do Criador. 
Somos seres criados para solidariedade, amor individual e coletivo, compreensão, evolução e aprendizado, pois fomos CRIADOS A SEMELHANÇA DE NOSSO CRIADORe a Ele devemos retornar.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

SENTIDO DA VIDA - CEREBRO

FIQUEI UM POUCO LONGE, MAS ESTOU DE VOLTA... NO MOMENTO ATUAL VOU COMEÇAR A BLOGGAR SOBRE:

 O CÉREBRO E SEU VERDADEIRO PAPEL COM A NOSSA EXISTÊNCIA

 Na verdade são reflexões que quero compartilhar, dividir e evoluir, portanto nada é estático ou verdade única... O cérebro é sim um órgão, como qualquer outro de nosso corpo, tipo um braço, um coração, etc...Porém, ele também é o reflexo de nossa alma, a centelha de vida, a semente de tudo que somos. Ele é sólido, com estruturas que podemos tocar, e etério ("algo não palpável, não carnal, que pode ser sentido, mas alcançado por nossos sentidos - toque, visão, etc") em sua complexidade invisível... Mas, e daí? Bom a questão é que, á partir dessa visão, podemos refletir bastante sobre o nosso verdadeiro "Sentido de vida" e "equilíbrio".
Sólido e Etério
E é sobre esta parte "éteria" que esta o "grande segredo"... A evolução da humanidade é notória, aprendemos a andar, falar, escrever, inventar, descobrir, guerrear, etc, mas por incrível que pareça, ainda ouvimos que não usamos todo potencial de nosso cérebro. Mas o que é "usar todo potencial de nosso cérebro"? Bem, ele é responsável por nossos pensamentos, por nossas ações, por nossos desejos,...por nossa vida, no sentido literal ele é a centelha divina em nós. Se e quando aprendermos a "usar" nosso cérebro, poderemos sim falar em evolução de nossa espécie. Por exemplo, o que são eventos PARANORMAIS? Nada mais que um funcionamento descontrolado de ações do nosso cérebro. Posso mover objetos, sem tocá-los? Sim, pode, e isso não é nada especial, mas sim uma capacidade mental compreendida e controlada. Telecinese, psicocinese, telepatia, clarividência, e muitos outros. E pensar que tudo isso é considerado para-normal, somente porque desconhecemos nossas reais habilidades. Mas o que aconteceu que a espécie humana, depois de aproximadamente 3 milhões de anos de existência, ainda não ter controle sobre esse órgão? Fomos capazes de descobrir e inventar tantas coisas, e não conseguimos ainda conhecer nosso próprio cérebro? Bom, até aqui, parece que estou falando sobre paranormalidade, então "a falta de conhecimento e controle de nosso próprio cérebro", pode parecer irreal, vou partir para fatos mais concretos. Desde o inicio da humanidade, todos os comportamentos que "fogem ás regras pré determinada de normalidade", é considerado possessão demoníaca, bruxaria, doença do espirito ou doença mental, porém, á medida que vão se tornando "compreendidas", são aceitas como padrão de normalidade. Então o que não é real?
Vejamos, tudo depende do contexto. Um individuo que  fala coisas desconhecidas para a maioria das pessoas, ou tem atitudes que sobressaem da normalidade, podem ser considerada, um médium ou um individuo com possessão demoníaca ou um doente mental ou um bruxo.
Temos muitos exemplos na história da humanidade. Joana D'Arc, tinha visões e recebia mensagens dos santos Miguel, Catarina e Margarida e por esta razão foi morta na fogueira, acusada de bruxaria pelo Tribunal de Inquisição da Igreja Católica, em 1431, e em 1920 foi canonizada, pela mesma igreja católica, que mudou seu "stato de bruxa", para santa. Contexto?
Na verdade o que a humanidade deve parar de fazer é julgar o desconhecido. Não é porque foge ao "dito" normal, que é ruim, mentiroso ou negativo. É necessário conseguirmos ver além da aparência, sentir a real essência, perceber a intensão mais profunda, somente assim poderemos conhecer melhor o potencial de nossa humanidade. 
A verdade é que durante estes 3 milhões de anos de existência, nos dedicamos ao que se podemos "tocar", o medo do desconhecido que não possamos sentir com nossos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) e de forma coletiva e semelhante entre si. Com isto, evoluímos, porém deixamos no cérebro em "uso reduzido", pois algumas de suas ações não podem ser sentida de forma coletiva e semelhante entre si.
Inventar um avião, muito pesado, que "flutua" entre nuvens, é bem mais fácil que acreditar que temos a capacidade de levitação.
Por que? É chegado o momento de nos permitir evoluir além do concreto. Necessitamos deixar de querer explicar e dominar tudo. Podemos sim explorar mais nossos potencias mentais, sem medo. É momento de transcender o mundo material, e acreditar sim em nossas capacidades, porque talvez dessa forma descubramos qual realmente é o sentido da vida.






segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Contem com sua intercessão junto ao Pai





Conheça a vida de Santa Gianna Molla: “O amor é o sentimento mais bonito que o Senhor colocou na alma dos homens”
8 jan 2010 | Categoria: Família, Igreja Católica, Indicações, Vida dos Santos
Repórter: Larissa CODU
Quando falamos em santos geralmente imaginamos, de pronto, homens e mulheres que viveram em tempos distantes, em situações especiais, nunca em pessoas como você, eu, ou nossos amigos e vizinhos, com uma santidade “simples e acessível a todos.”

Assim era Gianna Beretta Molla: uma médica, mãe de família, mas com uma vida pautada por uma religiosidade onde a Eucaristia era o centro da sua existência, e a Santíssima Virgem o seu modelo de perfeição.

Sobre ela o Cardeal Martini escreveu: “A santidade de Gianna é parecida com a de cada um de nós; ela enfrentou as mesmas dificuldades que enfrentamos do dia-a-dia, da vida profissional, da atenção à família, de acolhimento ás visitas; teve paciência nas vicissitudes de cada dia.”

Gianna Beretta Molla, o décimo segundo filho do casal Alberto Beretta e Maria de Micheli, ambos da Ordem Terceira Franciscana, nasceu em Magenta, Itália, no dia 4 de outubro de 1922, dia de São Francisco.

No dia 4 de abril de 1928, com cinco anos e meio, fez a Primeira Comunhão. Desde esse dia, mesmo muito pequena, todos os dias acompanhava sua mãe à Santa Missa. Foi Crismada dois anos depois na Catedral de Bérgamo.

Datam dos seus quinze anos de idade, após um retiro, esses propósitos espirituais, que lhe acompanharam por toda a vida:

1º Faço o santo propósito de fazer tudo por Jesus. Todas as minhas ações, todos os meus desgostos ofereço-os todos a Jesus.
2º Faço o propósito de, para servir a Deus, não querer ir mais ao cinema, se não souber se ele se pode ver, se é modesto e não escandaloso e imoral.
3º Prefiro morrer a cometer um pecado mortal.
4º Quero temer o pecado mortal como se fosse uma serpente, e repito de novo: antes morrer mil vezes do que ofender o Senhor.

Foi membro atuante da Ação Católica desde a adolescência, nunca tendo se prejudicado nos estudos pelo seu serviço, tanto que, em 30 de novembro de 1949, formou-se com louvor em Medicina.

Especializou-se em Pediatria, mas freqüentou a Clínica Obstétrica Mangiagalli, pois, por seu grande amor às crianças e às mães, pretendia unir-se ao seu irmão, Padre Alberto, médico e missionário no Brasil que, com a ajuda do seu outro irmão engenheiro, Francesco, construíram um hospital na cidade de Grajaú, no Estado do Maranhão. Gianna, por sua saúde frágil, foi desaconselhada pelo Bispo Dom Bernareggi em vir para o Brasil.

Em 1954 conheceu o engenheiro Pietro Molla e sentiu o chamado à vocação do Matrimônio. Noivaram em 11 de abril de 1955 e casaram-se no dia 24 de setembro do mesmo ano, tendo a cerimônia sido presidida por seu outro irmão, Padre Giuseppe.

Ainda noiva escreveu ao seu noivo: “Quero formar uma família verdadeiramente cristã; um pequeno cenáculo onde o Senhor reine nos nossos corações, ilumine as nossas decisões, guie os nossos programas”.

Dias antes do seu Matrimônio escreveu ao futuro marido: “Você não acha interessante fazermos um tríduo para nos prepararmos espiritualmente antes do casamento? Nos dias 21, 22 e 23, Santa Missa e Comunhão, você em Ponte Nuovo, eu no Santuário de Nossa Senhora da Assunção. A Senhora acolherá as nossas preces e desejos e, porque a união faz a força, Jesus não poderá deixar de escutar-nos e ajudar-nos.”

Das suas anotações pessoais podemos extrair essa verdadeira pérola: “Toda vocação é vocação à maternidade: material, espiritual, moral, porque Deus nos deu o instinto da vida. O sacerdote é pai; as irmãs são mães, mães das almas. Preparar-se para a própria vocação, preparar-se para ser doador da vida… saber o que é o grande sacramento do Matrimônio”.

Teve seis gravidezes, fruto do seu Matrimônio, onde quatro crianças nasceram: Pierluigi, Maria Zita, Laura e Gianna Emanuela.

Na última gestação, aos 39 anos, descobriu que tinha um fibroma no útero. Três opções lhe foram apresentadas naquele momento: retirar o útero doente, o que ocasionaria a morte da criança, abortar o feto, ou, a mais arriscada, submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez. Não hesitou! Disse: “Salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz!” Submeteu-se à cirurgia no dia 6 de setembro de 1961.

Com uma coerência cristã que lhe pautou a vida inteira, ainda em 1946, falando às jovens da Ação Católica dissera: “Se na realização de nossa vocação devêssemos morrer, seria esse o dia mais bonito da nossa vida!”.

Deu entrada, para o parto, no hospital de Monza, na sexta-feira da Semana Santa de 1962. No dia seguinte, 21 de abril de 1962, nasceu Gianna Emanuela, a quem teve por breves instantes em seus braços. Sempre afirmou, a Bem Aventura Gianna: “Entre a minha vida e a do meu filho salvem a criança!”. Entrou para o Céu no dia 28 de abril de 1962, em casa, provavelmente ouvindo as vozes das suas crianças acordando, no quarto ao lado.

Nas palavras de Dom Serafino Spreafico, Bispo Emérito de Grajaú-MA, “Santa Gianna formou-se como missionária e como tal viveu, ligada ao Brasil por vocação específica…ela agradeceu ao Brasil por tal vocação obtendo de Deus os Dois Milagres Oficiais para a Igreja.”

O milagre da Beatificação aconteceu no Brasil, em 1977, na cidade de Grajaú, no Maranhão, naquele mesmo hospital onde queria ser missionária, onde foi beneficiada uma jovem protestante de nome Lúcia Silva Cirilo, que havia dado à luz uma criança morta. Uma fístula reto-vaginal, resultado de uma complicação do parto, ameaçava-lhe a vida, quando irmã Bernardina de Manaus, capuchinha que estava naquele hospital, pediu a intercessão da “irmã do Padre Alberto”. A cicatrização foi imediata e a mãe doente restou curada.

Por conta da prodigiosa cura, Gianna Beretta Molla foi Beatificada pelo Papa João Paulo II, em 24 de abril de 1994, tendo sido considerada esposa amorosa, médica dedicada e mãe heróica, que renunciou à própria vida em favor da vida da filha, na ocasião da gestação e do parto.

“Viveu o matrimônio e a maternidade com alegria, generosidade e absoluta fidelidade à sua missão”, afirmou o cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação Vaticana, na cerimônia de promulgação do decreto.

O milagre atribuído à sua intercessão foi experimentado por Elisabete Arcolino Comparini, casada com Carlos César, ambos da Diocese de Franca-SP, quando, no início do ano 2000, o quarto bebê que havia concebido começou a experimentar sérios problemas.

No terceiro mês, a jovem mãe perdeu totalmente o líquido amniótico. O feto, sem a proteção natural, devia ter perdido a vida. A intercessão da Beata Gianna foi pedida, ainda no hospital, quando, por Providência Divina, o Bispo de Franca, Dom Diógenes, visitou a jovem mãe e seu esposo, que sofriam face ao risco de perder aquela preciosa criança, bem como ao risco pelo qual passava a mãe, já que o casal se negava a retirar o feto, por conta da prescrição dos médicos que acompanhavam o caso.

Face a negativa do aborto e à intercessão da Bem Aventurada Gianna Beretta Molla, após uma gravidez sem presença de líquido amniótico; sem explicação científica, no dia 30 de maio de 2000, nasceu Gianna Maria, nome que foi dado em homenagem àquela médica e mãe heróica que, no seu desejo de Missão, mesmo sem poder ter saído de sua terra natal, realizou seus dois milagres na terra missionária, o Brasil.

Muitas graças têm sido alcançadas, em vários países, pela intercessão da Bem Aventurada Gianna Beretta Molla, especialmente por mulheres que não conseguem engravidar ou têm problemas na gestação e/ou no parto, por isso, várias crianças têm recebido o honroso nome de Gianna em agradecimento por sua intercessão. Sem dúvida sua história é um apelo à vida e contra o aborto, sendo também um testemunho precioso para os jovens que ainda estão discernindo sua vocação e, sobretudo, para as famílias, demonstrando uma santidade acessível e possível a todos.

No dia 16 de maio de 2004, o Papa João Paulo II canonizou, isto é, incluiu no catálogo dos santos, a médica italiana Gianna Beretta Molla (1922-1962), que deu a vida por sua filha, preferindo morrer a praticar um aborto. Eis o trecho da homilia do Santo Padre relativo a essa mãe e mártir, que se tornou símbolo da luta pró-vida.

“Do amor divino, Gianna Beretta Molla foi uma mensageira simples, mas mais significativa do que nunca. Poucos dias antes do matrimônio, numa carta enviada ao futuro marido, escreveu: ‘O amor é o sentimento mais bonito que o Senhor colocou na alma dos homens‘.”

Santa Gianna Beretta - um exemplo

Gianna Beretta Molla

As Sagradas Escrituras nos dizem que “o justo vive pela fé” (Rm 1,2) e a Igreja nos apresenta o testemunho de muitas vidas movidas pela fé; uma delas é a da bem-aventurada Gianna, uma mulher decidida por Deus que dia após dia, na escolha de servir ao próximo, desfrutou da vontade de Deus como médica, esposa, mãe e leiga.

Geovanna Beretta Molla nasceu em Magenta, aos 4 de outubro de 1922, décima dos 13 filhos de Alberto e Maria de Micheli, ambos de espiritualidade franciscana (OFS - Ordem dos Franciscanos Seculares); providencialmente, nasceu sob a proteção de São Francisco de Assis.


Seus pais foram um testemunho de sacrifício pelo amor, mudando-se várias vezes em benefício da saúde dos filhos. A mãe era empenhada em ajudar os pobres e os missionários; foi presidente das senhoras da Ação Católica de sua paróquia, por um certo período, apesar das responsabilidades familiares.

Com os pais, aprendeu a renunciar ao supérfluo, a poupar, a fazer economias para dar aos outros, muitas vezes sua mãe remendava as roupas dos filhos, ao invés de comprar roupas novas, a fim de enviar o dinheiro economizado às missões.

Gianna, como era chamada pelos íntimos, descobriu com a vida que há mais alegria em dar do que em receber (Rm 1,2) e assim tomou todas as decisões que a vida ia lhe pedindo, sempre muito feliz. O serviço aos pobres e a formação dos membros da Ação Católica foram marcas da juventude. Desejava ser missionária no norte do Brasil, em Grajaú-MA, para ajudar o irmão padre no serviço aos pobres, mas o clima tropical lhe era desfavorável. Enquanto discernia sua vocação escolheu estudar medicina, pois percebia ser uma excelente oportunidade para oferecer um serviço “qualificado” ao homem que sofre e, também, saciar a necessidade que sentia de “doar-se, de colocar-se à disposição dos outros, dos pobres”.

Sabedoria do Evangelho, sua sabedoria

Toda sua vida foi marcada pela espiritualidade: OAS - Oração, ação e sacrifício - foi o compromisso de vida no qual a ação católica a introduziu. Oração pessoal e comunitária, meditação, rosário, confissão freqüente, comunhão cotidiana, retiros espirituais e compromissos de ordem apostólica fizeram parte de sua vida desde tenra idade.

Prontidão em socorrer o próximo era o espírito que a impulsionava, tanto a ser mais e mais comprometida com a fé católica, quanto às suas responsabilidades enquanto participante ativa na sociedade; dessa forma, usou a medicina como encargo de “missão”. Dizia: “Nós temos ocasiões que o sacerdote não possui. A nossa missão não termina quando os remédios não servem mais! Existe a alma a ser levada a Deus e a palavra do médico tem autoridade. Todo médico deve encaminhar o doente ao sacerdote. Estes médicos católicos quão necessários são!”

Podemos dizer que o grande milagre de sua vida foi sua generosidade, sua alegria em dar, em preservar a vida de todas as formas. Encontrou contentamento e repouso nos planos de Deus, sua vida foi abundante.

Estado de vida

Sempre desejou ardentemente servir aos necessitados, e isso a fez inclinar-se à vida consagrada. Porém, queria sondar a vontade de Deus e, para isso, acreditava ser necessário dar três passos indispensáveis (segundo seus apontamentos): primeiro, interrogar o céu através da oração; segundo, interrogar o diretor espiritual, e terceiro, interrogar a si mesmo, conhecendo as próprias inclinações. Fala que cada um pessoalmente deve preparar-se para a sua vocação, para doar a vida, no sacrifício de uma doação intelectual; saber o que é o matrimônio, “sacramentum magnun”; conhecer os outros caminhos; formar e conhecer o seu caráter.

Alguns anos de sua vida discorreram entre orações, acompanhamentos espirituais e muitos conflitos interiores em função de discernir seu estado de vida; passou a dedicar-se ainda mais à oração, indo a Lourdes em peregrinação onde rezou muito. Enquanto isso, certa de que Deus se manifesta a quem ama, deu prosseguimento às obrigações.

Enfim, fechou o discernimento através da direção espiritual e compreendeu que a vontade de Deus era que formasse uma família. No dia 8 de dezembro de 1954, na primeira missa solene do Frei Lino Garavaglia, encontrou-se com Pedro Molla e, a partir de então, começam juntos um caminho de questionamentos se estariam aptos a formar uma família cristã. Em 27 de setembro de 1955, faltando poucos dias para completar 33 anos, unem-se em matrimônio.

O coração de Gianna é um “coração terceiro”; sempre aberto a doar-se pela vida, casou-se já pensando nos filhos e morreu afirmando que antes de si vinha a sua filha e, embora consciente de todos os perigos que corriam por causa da complicadíssima gravidez, não hesitou em nenhum momento em fazer opção pela vida e pela fé.

Por decisão, seus gestos e suas palavras indicavam sua opção por Deus e assim sendo, pelo vida. “Eu faço a vontade de Deus, e Deus providenciará aos meus filhos”, com esta nobreza, viveu três gestações difíceis e dolorosos e na quarta se inicia sua “via sacra” ao deparar-se com um friboma no útero e a necessidade de uma cirurgia. Confidenciou a poucas pessoas que como médica era consciente dos perigos que corria e indagou ao esposo: “se vós deveis decidir entre mim e a criança, nenhuma hesitação; escolhais - o exijo - a criança. Salvem-na”.

De janeiro até abril, época do parto, viveu normalmente sua vida profissional e de dona de casa. Na sexta-feira santa, foi internada, no sábado santo nasce Gianna Emamuela e em seguida os terríveis sofrimentos iniciam. No dia 28 de abril de 1962, sete dias após o parto, faz sua Páscoa. Sábado.

O gesto heróico com o qual Gianna corou a sua missão de mulher, de esposa e mãe - pelo Papa Paulo Vi definido como “imolação meditada” - revelou uma santidade excepcional, vivida de maneira espontânea e profunda no percurso de toda a sua vida.

Aos 24 de abril de 1994, ano internacional da família, foi beatificada por João Paulo II.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pai Nosso - reflitam

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